segunda-feira, 16 de março de 2009

TIOS DEMAIS, PAIS DE MENOS...

Tios demais, pais de menos...

Não sei dizer como foi que tudo começou. Aliás, a maioria dos hábitos sociais que hoje nos cerca começou de maneira descomprometida, sem que ninguém determinasse que isso seria, anos mais tarde, uma prática institucionalizada. Basta pensar em coisas comuns que estão entranhadas no nosso cotidiano.
O que se diz de uma pessoa que faz de tudo um pouco? “É igual ...., tem mil e uma utilidades”. Ou daquela que tem um belo sorriso? “Sorriso ...” Citei exemplos de coisas corriqueiras. Porém os mais maduros vão se lembrar do tempo em que não se arranjava um bom emprego se não tivesse qual curso? Certo, datilografia! Tentem explicar aos seus filhos ou netos do que se trata esse negócio. Para evitar problemas, eu ainda guardo a que ganhei quando entrei no Ginásio, que era outra obrigatoriedade para quem aspirasse um bom emprego.
Como o tempo passa ligeiro, estes hábitos se implantam cada vez mais rápido em nossa cultura. Quem diria há dez anos que crianças de 5 anos de idade iriam para a escola levando consigo um aparelho de telefone celular com câmera fotográfica, mp3, GPS e outros acessórios? Aliás, quem poderia dizer dez anos atrás o significado de GPS e MP3?Pois é. Estamos tão envolvidos neste processo que não nos damos conta de que alguns destes costumes penetraram em nossas casas e nem mesmo tivemos tempo de avaliar se seriam úteis ou não, nem se trariam benefícios ou prejuízos. Quando a questão é meramente tecnológica, fica mais fácil avaliar.
Coloquei abaixo algumas propagandas antigas só para que tenhamos idéia do que aconteceu com a tecnologia nas últimas décadas.




Porém a minha abordagem é sobre como as famílias estão organizadas nos dias de hoje quando o assunto é a educação dos filhos. A coisa mudou tão rapidamente que corro o risco de ser avaliado como um homem ultrapassado, quem sabe contemporâneo das propagandas publicadas neste artigo. Gostaria apenas que o leitor acompanhasse minha linha de raciocínio e depois fizesse seu próprio juízo.

Continua...
DINART BARRADAS