Nesta semana todos os olhos estão voltados para o “Dia das Mães” – comércio, propagandas, escolas, igrejas e famílias se preparam para comemorar este dia. Em nossa reunião de oração não foi diferente.
Nosso pastor, Guto Umeki, deu uma palavra referente à importância da influência materna na formação do caráter dos filhos. Enquanto ele falava, fui recordando as inúmeras mães com quem tenho falado e de outras tantas que tenho ouvido em lojas, ruas e muitos outros lugares; fala-se sobre a dificuldade que encontram para criar e educar filhos, da dificuldade em conciliar carreira, ministério, maternidade, vida pessoal, casamento e mil outras coisas com as quais se envolvem. São tantos e tão variados envolvimentos que o que sobra para os filhos é o cansaço, a irritação, a falta de paciência, os minutinhos para o sermão de tudo o que foi feito de errado por eles durante o dia e o quanto estamos nos sacrificando para que eles tenham tudo o que não pudemos ter. Em casa, para essas mulheres, também é o único lugar onde elas podem ser elas mesmas, onde não precisam de máscara, onde podem desabar.
Nossa sociedade tem impelido a mulher a sair de casa, algumas com razão, mas a grande maioria sai para cumprir a tendência atual: a mulher tem que trabalhar fora, tem que se realizar profissionalmente. Mas, para nossa tristeza, a constatação que fazemos é que a grande maioria trabalha para pagar as despesas de trabalhar fora, seu saldo, via de regra, está no vermelho. E os filhos? Ficam sujeitos a toda sorte de influência externa.
Na TV, há alguns dias, foi noticiada a tragédia na vida de uma família cujo filho estava sendo maltratado, sofrendo abuso, por parte de quem recebia para cuidar dele. As palavras daquela mãe entrevistada foram: “Saí para trabalhar querendo dar uma vida melhor para meu filho”. Na hora eu pensei: será? Não julgando as palavras da mãe, mas o resultado que ela estava alcançando, e o preço que o filho estava pagando para que ela recebesse alguns trocados e um holerite ao final do mês.
A palavra do pastor Guto foi a respeito do bom serviço e exemplo dados por Lóide e Eunice, avó e mãe de Timóteo. A educação de Timóteo, a formação do seu caráter, as virtudes e valores incutidos em seu coração não foram delegados a terceiros, não foram repassados para escola ou igreja; elas trabalharam, investiram seu tempo e tudo mais que fosse preciso investir para que a semente plantada brotasse, crescesse e frutificasse, e colheram frutos desse investimento. Porém o que mais me chamou atenção foi o fato delas terem tudo isso guardado em seus corações, tudo o que passaram à geração seguinte estava arraigado, ativo e era eficaz em suas vidas.
O que tenho passado para geração seguinte? Que exemplo de fidelidade, tenacidade, perseverança, dedicação e amor tenho passado?
Nossa responsabilidade como mãe é manter nosso coração sarado, limpo e cheio de Deus e de sua Graça, para que tudo o que sair da nossa boca seja edificante, seja como bom perfume que é percebido e apreciado quando alguém que o usa entra no ambiente. Nós, como mães, somos aquelas pessoas que têm o privilégio de incutir na mente e coração de nossos filhos os princípios e valores divinos que os farão aptos para tomadas de decisões durante toda sua vida e em quaisquer circunstâncias.
O que será dito a nosso respeito quando falarem de nossos filhos?
Deus falou muito ao meu coração e me confrontou com a pergunta: Qual é o seu legado?
E você, qual é o seu legado?
Norma Barradas